Crianças entre 6 e 7 anos já têm capacidade para entender noções básicas de valor, troca e economia. Por isso, essa costuma ser uma boa fase para iniciar conversas sobre dinheiro de forma mais direta, incluindo o uso da mesada educativa como ferramenta de aprendizado. Mas mesmo antes disso, a educação financeira pode ser introduzida de maneira lúdica, com brincadeiras, histórias e exemplos práticos do dia a dia.
Separar moedas, entender que nem sempre se pode comprar tudo o que se deseja e aprender a esperar por algo que se quer muito são formas simples de começar esse processo. Quando bem conduzida, a educação financeira contribui para o desenvolvimento da autonomia, da paciência e da responsabilidade. E o melhor caminho para isso é sempre o diálogo constante, com orientações adaptadas à maturidade de cada criança.
A mesada é um bom recurso para esse aprendizado. Desde que tenha um valor compatível com a idade e realidade da família, ela ajuda a criança a tomar decisões, priorizar desejos e entender que o dinheiro exige escolhas. Uma sugestão prática para os mais novos é usar a idade como base para calcular o valor semanal. À medida que crescem, o ideal é que passem a receber valores mensais para aprenderem a planejar e distribuir os gastos por um período maior.
Lígia Sesso, diretora pedagógica do Colégio Torricelli, de Guarulhos, ressalta que o papel dos pais vai além de entregar o valor combinado. “É importante conversar com os filhos sobre como usar a mesada, incentivar metas, mostrar o valor da economia e, principalmente, ensinar que o dinheiro é fruto de esforço e planejamento”, orienta.
Além de economizar para objetivos específicos, como um brinquedo ou passeio, as crianças podem ser incentivadas a manter um pequeno controle do que gastam. Isso não precisa ser feito de forma rígida, mas ajuda a criar noções de registro e organização. Aplicativos simples ou mesmo anotações em um caderno já servem para criar esse hábito.
Outro ponto importante é evitar transformar a mesada em recompensa por tarefas cotidianas, como arrumar o quarto ou ajudar com os deveres de casa. Essas ações fazem parte da responsabilidade de conviver em família e não devem ser atreladas diretamente a uma compensação financeira. Do contrário, há o risco de a criança associar tudo ao dinheiro, inclusive atitudes que deveriam nascer da colaboração e do cuidado com o outro.
Ensinar sobre finanças não significa antecipar preocupações adultas, mas preparar as crianças para lidar com o mundo real de maneira equilibrada. O uso da mesada, quando orientado com afeto e responsabilidade, pode contribuir para formar jovens mais conscientes, confiantes e preparados para tomar boas decisões no futuro.
Para saber mais sobre finanças para crianças e jovens, visite https://blog.pagseguro.uol.com.br/mesada-educativa/ e https://www.embracon.com.br/blog/seu-filho-recebe-mesada-descubra-o-valor-ideal-para-cada-idade