Por Kerley em 26 maio de 2025

Estudar em casa pode até parecer simples na teoria, mas a prática, a gente sabe, é outra história. Tem criança que se distrai fácil, adolescente que enrola para começar, ou aquele famoso “já terminei” antes mesmo de abrir o caderno. Mas calma: tudo isso é mais comum do que parece — e, melhor ainda, tem solução.

O que muitos pais não sabem é que o ambiente e a forma como o estudo acontece em casa fazem toda a diferença. Não se trata de transformar a casa em uma escola, e sim de criar pequenas rotinas e espaços que ajudem os filhos a se organizarem, ganharem autonomia e, aos poucos, pegarem gosto por aprender. É por isso que o Colégio Torricelli acredita tanto na parceria entre família e escola: porque quando o aprendizado continua além da sala de aula, ele se fortalece. 

Um bom começo é pensar no espaço. Não precisa ser um cômodo exclusivo — basta um cantinho calmo, bem iluminado, com uma mesa livre de distrações. Deixar o celular de lado, desligar a TV e manter o material à mão já ajudam a criar um clima de concentração. 

Outro ponto importante é a rotina. Estabelecer um horário fixo para os estudos traz estabilidade. Pode ser logo depois do lanche da tarde ou antes do jantar, o ideal é manter um padrão. Não precisa ser uma maratona de horas — sessões curtas, como 30 a 40 minutos por dia, funcionam bem e evitam sobrecarga. O segredo está na constância, e não na quantidade de tempo.

E quando o filho ainda não tem o costume de estudar fora do horário escolar? Comece devagar. Metas pequenas ajudam: revisar uma matéria, organizar os materiais da semana ou resolver poucos exercícios por vez. Ao final, vale elogiar o esforço, comemorar os avanços e mostrar que todo progresso conta. 

Estudar também pode ser mais interessante quando se conecta com a vida real. Ver um filme e discutir o tema, ler juntos uma matéria legal ou até pesquisar curiosidades sobre algo que surgiu numa conversa são formas de estimular o pensamento fora do caderno. O aprendizado ganha valor quando os filhos percebem que ele está em todo lugar.

Esses momentos também são ótimos para fortalecer os laços familiares. Quando os pais participam, mostram interesse e valorizam o esforço dos filhos, o estudo deixa de ser uma obrigação solitária e vira parte da convivência. E o exemplo vale muito: quando a criança vê os adultos lendo, escrevendo ou aprendendo algo novo, tende a se espelhar nisso.

Com um pouco de paciência, uma pitada de incentivo e muito diálogo, estudar pode, sim, se tornar um hábito gostoso e natural dentro da rotina familiar.