Por Kerley em 13 jun de 2025

Crianças que se sentem seguras tendem a interagir com mais liberdade, enfrentar desafios com mais coragem e aprender com mais disposição. A base dessa segurança é a autoestima, que começa a se formar na infância e se fortalece ao longo da vida por meio das relações afetivas e do reconhecimento de suas capacidades. No ambiente familiar e escolar, saber como lidar com esse tema é essencial para oferecer às crianças e adolescentes um desenvolvimento emocional equilibrado.

Durante a infância, o olhar de aprovação dos adultos tem grande peso na construção da autoconfiança. Pequenas atitudes, como elogiar o esforço em vez do resultado, permitir que a criança faça escolhas e validar seus sentimentos, fazem diferença na forma como ela aprende a se enxergar. Quando esse processo é positivo, cria-se um alicerce emocional que ajuda a criança a lidar melhor com erros, frustrações e mudanças — experiências naturais e inevitáveis ao longo da vida escolar e social.

Na adolescência, o tema ganha novas camadas. Questões como imagem corporal, aceitação em grupos e inseguranças emocionais tornam a autoestima ainda mais vulnerável. “A forma como o adolescente é acolhido nesse momento influencia profundamente sua autoconfiança e sua percepção sobre o próprio valor”, observa Lígia Sesso, diretora pedagógica do Colégio Torricelli, de Guarulhos (SP). Ela ressalta que, nessa fase, o apoio deve vir não só da família, mas também dos educadores.

Para fortalecer a autoestima, é importante manter um diálogo frequente e aberto, ouvindo sem julgamento e mostrando disponibilidade para acolher dúvidas e inseguranças. Também é fundamental evitar comparações, pois elas geram frustração e bloqueiam o processo de autoconhecimento. Incentivar o autocuidado, respeitar o ritmo individual e valorizar as pequenas conquistas diárias são formas práticas de apoio.

Na escola, professores atentos podem identificar sinais de baixa autoestima, como isolamento, autocrítica intensa, medo de errar ou agressividade. Reconhecer o esforço dos alunos e permitir que se expressem com liberdade são atitudes que contribuem para que eles se sintam valorizados e mais confiantes. Ambientes que promovem o respeito às diferenças e o acolhimento emocional favorecem não só o desempenho escolar, mas também a formação de vínculos mais saudáveis.

Outro ponto importante é oferecer oportunidades para que os adolescentes desenvolvam autonomia. Quando eles participam de decisões e se responsabilizam por pequenas tarefas, sentem-se capazes e importantes. Isso reforça a sensação de pertencimento e fortalece a identidade.

A autoestima não é algo que se ensina em uma aula específica. Ela é construída no dia a dia, nas relações, nas palavras e nos gestos. Por isso, famílias e educadores precisam caminhar juntos para que crianças e adolescentes se sintam vistos, escutados e respeitados — e, assim, tenham uma base sólida para crescer com equilíbrio emocional.

Para saber mais sobre autoestima, visite https://finiciativa.org.br/a-importancia-da-autoestima-para-criancas-e-adolescentes/