Por Kerley em 28 maio de 2025

O pedido por um animal de estimação costuma surgir cedo na infância e, muitas vezes, com grande insistência. Para além do desejo da criança, a decisão precisa envolver análise e responsabilidade por parte dos adultos. Adotar um pet significa acrescentar um novo membro à família, com necessidades específicas, cuidados constantes e muito afeto envolvido.

Além da alegria que os animais proporcionam, o convívio com eles pode contribuir para o desenvolvimento emocional e social das crianças. Valores como empatia, respeito e responsabilidade são naturalmente estimulados no dia a dia. Cuidar do pet, observar suas reações e perceber suas necessidades favorecem a criação de laços afetivos e o entendimento do outro.

“Ter um animal de estimação desde cedo estimula o senso de cuidado, ajuda no desenvolvimento emocional e fortalece a autoestima das crianças”, explica Lígia Sesso, diretora pedagógica do Colégio Torricelli, de Guarulhos. Ela ressalta que esse convívio pode ser especialmente importante em fases de adaptação ou momentos de insegurança.

Outro ponto de destaque é a relação entre animais e saúde. Estudos mostram que o contato com pets pode reduzir o risco de alergias e melhorar a imunidade, além de diminuir os níveis de estresse e ansiedade. Crianças com tendência ao isolamento ou à timidez se beneficiam da companhia do animal, que funciona como um apoio afetivo diário.

Mas, para que a experiência seja positiva, é necessário refletir antes da adoção. A idade da criança é um fator relevante: pequenos a partir dos quatro anos já podem começar a participar dos cuidados, desde que com a supervisão dos pais. Também é importante considerar o tipo de animal ideal para o perfil da família. Cães e gatos exigem atenção diária, enquanto coelhos, peixes ou aves podem demandar menos interação, mas ainda assim precisam de cuidados contínuos.

Não basta querer o pet por impulso. A decisão deve ser pensada com calma, levando em conta a rotina da casa, o espaço físico, o tempo disponível e a capacidade da criança de participar ativamente”, complementa a diretora.

Incluir os filhos nas tarefas diárias é uma excelente forma de ensinar sobre compromisso. Os mais novos podem encher o pote de água ou guardar brinquedos, enquanto os maiores podem assumir a higiene ou os passeios. O essencial é que a criança entenda que o animal não é um brinquedo, mas um ser vivo que precisa de respeito, limites e carinho.

Adotar um animal de estimação pode se tornar uma experiência transformadora para toda a família. Quando bem planejada, essa decisão aproxima pais e filhos, cria memórias afetivas e oferece às crianças uma lição diária sobre afeto e responsabilidade.

Para saber mais sobre animal de estimação, visite https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/familia/animais-de-estimacao-para-criancas/ e https://revistacrescer.globo.com/criancas/comportamento/noticia/2023/03/7-motivos-para-as-criancas-terem-um-animal-de-estimacao.ghtml