O medo é uma emoção natural e necessária para o desenvolvimento das crianças, ajudando-as a reconhecer perigos e a reagir a ameaças. No entanto, quando se torna excessivo, pode impactar negativamente diversos aspectos da infância, interferindo no bem-estar emocional, na socialização e até no desempenho escolar. Identificar esses impactos é essencial para que pais e educadores saibam como ajudar a criança a superar seus receios de forma saudável.
Os medos variam conforme a idade. Bebês geralmente temem a separação dos pais e a presença de estranhos, enquanto crianças pequenas costumam se assustar com barulhos altos ou o escuro. Conforme crescem, os medos passam a envolver situações mais concretas, como acidentes ou perdas. Em alguns casos, os medos podem evoluir para fobias, caracterizadas por reações extremas e persistentes, dificultando a rotina da criança.
O impacto do medo infantil pode ser observado de diferentes formas. No aspecto emocional, crianças muito assustadas tendem a apresentar ansiedade, irritabilidade e dificuldades para dormir. No convívio social, podem evitar interações, preferindo ficar isoladas. “É fundamental que os pais reconheçam esses sinais e ajudem seus filhos a desenvolverem confiança para lidar com desafios”, afirma Lígia Sesso, diretora pedagógica do Colégio Torricelli, de Guarulhos (SP). Além disso, o medo excessivo pode comprometer o aprendizado, pois a insegurança dificulta a concentração e participação nas atividades escolares.
Para ajudar a criança a superar seus medos, é importante validar seus sentimentos, demonstrando empatia e acolhimento. O diálogo aberto permite que ela expresse o que sente e, gradualmente, compreenda que pode enfrentar seus receios de maneira segura. A exposição controlada ao objeto ou situação temida também pode ser uma estratégia eficaz, desde que feita de forma respeitosa e no ritmo da criança. Livros infantis e histórias sobre superação podem ser ferramentas valiosas nesse processo.
Modelar comportamentos seguros é outro passo importante. Crianças observam e reproduzem as atitudes dos adultos à sua volta, por isso, demonstrar tranquilidade diante de situações que geram medo pode ajudá-las a se sentirem mais seguras. “Criar um ambiente de confiança e encorajamento contribui para que a criança desenvolva resiliência e aprenda a enfrentar desafios com mais segurança“, ressalta Lígia Sesso. Técnicas de relaxamento, como respiração profunda, também podem auxiliar na redução da ansiedade em momentos de tensão.
Quando o medo interfere de maneira significativa na rotina da criança, é recomendável procurar ajuda profissional. Psicólogos infantis podem identificar se há um quadro de fobia ou ansiedade e sugerir intervenções adequadas, como a terapia cognitivo-comportamental, que ensina a criança a reformular pensamentos negativos e enfrentar seus medos de forma gradual e segura. Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/