Por Kerley em 11 jun de 2025

Crianças podem repetir ações como roer unhas, balançar as pernas ou organizar brinquedos sempre da mesma maneira sem perceberem. Em geral, esses comportamentos surgem como forma de lidar com sensações internas ou situações novas. Quando observadas com cuidado, essas manias ajudam os adultos a entender o que a criança está tentando expressar.

A mania infantil se manifesta de forma repetitiva e, muitas vezes, automática. Ela pode ser percebida em momentos de tédio, ansiedade, concentração ou excitação. Alguns exemplos comuns são morder objetos, separar os alimentos no prato, repetir frases ou fazer pequenos rituais antes de dormir. Para os pais, o desafio é distinguir entre hábitos inofensivos e aqueles que merecem acompanhamento mais próximo.

Alguns sinais ajudam a fazer essa distinção: quando a mania começa a interferir no convívio social, causa desconforto visível ou toma tempo excessivo, pode ser um indicativo de que a criança precisa de ajuda. “É importante observar não apenas o que a criança faz, mas em quais situações o comportamento aparece e como ela reage se é impedida de repeti-lo”, destaca Lígia Sesso, diretora pedagógica do Colégio Torricelli, de Guarulhos (SP).

Também é preciso diferenciar a mania de tiques. Enquanto as manias geralmente envolvem rituais conscientes ou semiconscientes, os tiques são movimentos involuntários, como piscar os olhos ou contrair os ombros repetidamente. Nos dois casos, a persistência e a intensidade determinam se é necessário procurar um profissional.

Na maioria das vezes, manias são passageiras e não exigem intervenções formais. A melhor forma de ajudar é acolher, oferecer segurança emocional e conversar com a criança para entender o que ela está sentindo. Punir ou repreender tende a aumentar o comportamento, já que a criança pode associá-lo ao único momento de atenção que recebe.

Criar alternativas para redirecionar a atenção, incentivar a expressão de sentimentos e oferecer um ambiente tranquilo pode reduzir a frequência e a necessidade desses comportamentos. Brincadeiras, conversas e até pequenos objetos de transição, como bichinhos ou paninhos, também funcionam como suportes emocionais.

Se a mania persiste por meses, se intensifica ou começa a prejudicar a rotina da criança, buscar orientação de um psicólogo infantil ou pediatra é um passo importante. Especialistas podem identificar se há algo mais profundo por trás do comportamento e orientar a família sobre como lidar com a situação.

Manias fazem parte do processo de amadurecimento emocional. O papel dos adultos é observar com sensibilidade, apoiar com empatia e oferecer um espaço seguro para que a criança cresça compreendendo melhor suas emoções e aprendendo formas saudáveis de enfrentá-las.

Para saber mais sobre mania infantil, visite https://lunetas.com.br/manias-das-criancas/ e https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/08/manias-rituais-e-tiques-na-infancia-quando-e-preciso-se-preocupar.htm